sexta-feira, 23 de janeiro de 2009


REFLEXÃO "CAMINHÃO"

Um belo dia de sol, Sr. Mário, um velho caminhoneiro, chega em casa depois de 20 longos anos de trabalho e, todo orgulhoso, chama sua esposa para ver seu lindo caminhão, o primeiro que conseguira comprar após todos aqueles anos de sufoco, e a partir daquele dia seria seu próprio patrão.
Ao chegar à porta de sua casa, encontra seu filhinho, de 6 anos, martelando alegremente a lataria do reluzente caminhão.
Irado, aos berros pergunta o que o filho estava fazendo e, sem pestanejar, no meio de seu furor, martela impiedosamente as mãos do filho, que se põe a chorar sem entender o que estava acontecendo.
A mulher do caminhoneiro, corre em socorro do filho, mas pouco pôde fazer.
Chorando junto ao filho consegue trazer o marido à realidade e, juntos o levam ao hospital, para fazer um curativo nos machucados provocados.
Passadas várias horas de cirurgia, o médico desconsolado, bastante abatido, chama os pais e informa que as dilacerações foram de tão grande extensão que todos os dedos da criança tiveram que ser amputados, mas que de resto o menino era forte e tinha resistido bem ao ato cirúrgico, devendo os pais aguardá-lo acordar no quarto.
Ao acordar, o menino foi só sorrisos e disse ao pai:
- Papai, me desculpe, eu só queria consertar seu caminhão, como você me ensinou outro dia. Não fique bravo comigo.
O pai enternecido, disse que não tinha mais importância, que já nem estava mais bravo e que não havia estragado a lataria do seu caminhão.
Ao que o menino com os olhos radiantes perguntou:
- Quer dizer que não está mais bravo comigo?
- Não - respondeu o pai
- Se estou perdoado, papai, quando meus dedinhos vão nascer de novo?
Apesar de forte, esta história tem cunho muito real, porque na hora do ímpeto machucamos profundamente quem amamos, e em muitas das vezes, não podemos mais "sarar"a ferida que deixamos.

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